31 de janeiro de 2013

Tibete: Lago Namtso

Namtso é um grande lago salgado de montanha, situado a 4718 m de altura na fronteira entre o distrito de Damxung e Baingoin, região "autônoma" do Tibete - aproximadamente a 112 km de Lhasa.

É um dos mais célebres lagos sagrados tibetanos, tendo um grande valor espiritual. 
O Namtso possui 5 ilhas que foram utilizadas durante séculos como retiro espiritual. Durante o inverno os peregrinos caminhavam sobre o lago congelado até chegarem a essas ilhas, levavam comida suficiente para poderem passar aí todo o verão. Esperavam que chegasse novamente o inverno para poderem regressar. Atualmente, essa prática não está permitida por causa do regime comunista chinês no Tibete.






Informações e fotos retiradas do blog 101 lugares increíbles.

Como estamos falando do Tibete, vai aqui um conto budista tibetano sobre "A Beleza do Vazio":

Se tratava de um maestro que parecia obcecado com uma só ideia. Sempre que vía seus alunos,  dizía-lhes:
- Esvaziem-se, esvaziem-se!
O maestro insistia tanto que os seus alunos começaram, secretamente, a se questionarem sobre este ensinamento, pois não viam nenhum sentido nisso.
Um dia, respeituosamente, perguntaram a ele:
- Maestro, não estamos duvidando dos seus ensinamentos, mas podería nos explicar porquê enfatiza tanto para que nos esvaziemos? 
- Questionar para aprender e investigar é uma boa prática, mas não posso responder de maneira plana a pergunta de vocês. Assim que, peço que reunamos amanhã no santuário, cada um traga um copo repleto de água e uma colher.
Os discípulos, um pouco incrédulos, seguiram as instruções.

- Vocês farão algo muito simples, golpeiem o copo com a colher. Quero escutar o som que se produz.
Os alunos golpearam o copo. Saiu um som morto, apagado, sem graça.
Então o maestro pediu:
- Agora, esvaziem os copos e golpeiem novamente.
Os monjes esvaziaram os copos e novamente os golpearam com as colheres.
O som que se produziu foi vivo, intenso, sem dúvidas mais musical.

Os monjes intuíram o ensinamento:
- Um copo cheio não emite sons agradáveis, assim como uma mente cheia de tormentos e conhecimentos desordenados não poderá chegar à essência de ser.

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Versão em espanhol:

La belleza del vacío

Se trataba de un maestro que parecía obsesionado con una sola idea. Cada vez que tenía contacto con sus alumnos, les repetía la misma palabra:
-Vaciaos, vaciaos.
Tanto insistía el maestro con esta cuestión, que sus alumnos comenzaron, secretamente, a cuestionar esta enseñanza. No veían en ella ningún sentido. Un día, respetuosamente, le dijeron:
-Maestro, no queremos poner en duda tus enseñanzas, pero...¿podrías decirnos por qué pones tanto énfasis en que nos vaciemos?
-Cuestionar para aprender e investigar es una buena práctica. Pero no puedo responderos con una respuesta llana a vuestra pregunta. Pero les solicito que mañana os reunáis conmigo en el santuario, trayendo cada uno un vaso repleto de agua.
Los discípulos, asombrados e incluso un poco incrédulos, siguieron las instrucciones.
-Ahora vais a hacer algo muy simple. Golpead el vaso con las cucharas. Quiero escuchar el sonido que producen. Los alumnos golpearon los vasos. No brotó más que un sonido sordo, apagado, sin gracia. Entonces el maestro ordenó:
-Ahora, vaciad los vasos y golpeadlos nuevamente.
Así lo hicieron los monjes. Una vez que los vasos estuvieron vacíos, volvieron a golpearlos con las cucharas. Surgió un sonido intenso, vivo, sin dudas más musical.
Los monjes intuían la enseñanza:
-Así como un vaso lleno no emite sonidos agradables, con una mente atiborrada de conocimientos o contenidos, difícilmente llegaremos a lo esencial del ser.

Fuente: extractos de "Cuentos Tibetanos" recop. de Yosano Sim y Pedro Palao Pons
(Aportados por Normi Sartori)

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